domingo, 11 de julho de 2021

ENSINO HÍBRIDO

 Ensino Híbrido


Desde o ano passado, 2020, a educação, bem como vários setores, passaram por uma transformação para não parar e seguir o fluxo do seu objetivo que é transmitir conhecimento aos alunos. A pandemia do Covid-19, foi o motivo pelo qual se deu essa outra forma de ensino.

A pandemia de Covid-19 transformou nossas vidas desde o seu surgimento pois temos que seguir alguns protocolos para tentar combater esse vírus, tais como: usar máscara, álcool gel, e manter o distanciamento social. Este é o item que mais influenciou o cotidiano pois algumas profissões são impedidas de exercer suas funções e outros setores tiveram que se modificar para atender a demanda especifica de sua abrangência, que é o caso das escolas, da forma de ensinar, hoje denominada como ensino híbrido.

De acordo com Bacich (2015), o Ensino Híbrido é uma abordagem pedagógica que combina atividades presenciais e atividades realizadas por meio das tecnologias digitais de informação e comunicação. 

“O termo híbrido vem do “misturar”, “mesclar”, algo ‘heterogêneo’, que envolva duas ou mais situações/objetos.” (SCHIEHL; GASPARINI, 2017)

Então, para a educação não parar, houve uma reformulação e adaptação a um novo estilo de ensinar. Mesmo que os professores resistam, as tecnologias avançam para os meios escolares, ou acadêmicos. Dessa forma, tanto os alunos quanto os professores passam a fazer parte deste novo contexto de aprendizagem. Pode-se dizer que é uma forma de aprendizagem interativa onde o desafio está em como filtrar o excesso de informações e o que fazer com elas. Nesta visão, a responsabilidade com o processo de ensino e aprendizagem passa a ser dividida igualitariamente. (CASTRO et al., 2015)

Prevendo diminuir os casos da pandemia, foi necessária essa adaptação no ensino, pois como não se tem muitos dados sobre o vírus e ele se propagou rapidamente criando variantes, ao qual as vacinas que estão sendo desenvolvidas não sabem ao certo se combatem, além do vírus, suas variantes. Nesse sentido, para preservar a saúde de professores e alunos, tornou-se necessário fazer uma alteração provisória na forma de ensino.

Algumas pessoas se adaptaram fácil a essa nova realidade, mas muitas pessoas ainda tem um pouco de dificuldade, mesmo vendo todo o lado positivo que essa abordagem proporciona.

Tratando de ensino tradicional estão presentes diversos fatores que proporcionam o aprendizado do estudante: o professor em sala, os colegas com mesmos objetivos e lugares para se concentrarem. Quando relacionamos essas características ao ensino híbrido, divide-se esse ambiente físico com o mundo virtual, que pode promover o desenvolvimento do ser crítico, compreendendo o estudante em diferentes atividades com e sem tecnologias, favorecendo para que todos nesse ambiente aprendam. (SCHIEHL; GASPARINI, 2016)

Schiehl e Gasparini (2017) realizaram um Mapeamento Sistemático de Literatura (MSL) e nesse MSL foi possível destacar as ferramentas que mais estão sendo utilizadas pelos pesquisadores para combinar o ensino presencial com ferramentas online. De uma forma geral  destacaram-se: os Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVA (56%), o Google (17%) e o Facebook (7%). Ainda se destacou a plataforma do Edmodo (3%) e os outros (17%), os quais não associaram a nenhum ambiente ou plataforma virtual.

Souza, Santos, Rodrigues, Felix, Gomes, Rocha, Conceição, Rocha e Peixoto (2021) destacam que o meio de ensino por plataformas realiza-se tanto por aulas em tempo real (síncronas), essencialmente entre o professor e o aluno, quanto por aulas gravadas (assíncronas), com a apresentação do material para a turma, disponibilizado por meio de plataformas tecnológicas. Além disso, deve-se registrar a modalidade de suporte personalizado à distância, com atenção particular aos alunos, uma espécie de trabalho explicativo.

Algumas opções foram mais aceitas e estimuladas para o ensino remoto: classroom, meet, WhatsApp e zoom. Cada um com suas particularidades que atendem as necessidades de cada grupo, de cada situação.

A educação on-line é concebida para promover a (co)autoria do aprendente, a mobilização da aprendizagem crítica e colaborativa, a mediação docente voltada para interatividade e partilha, traz a cibercultura como inspiração e potencializadora das práticas pedagógicas, visa a autonomia e a criatividade na aprendizagem (SANTOS; CARVALHO; PIMENTEL, 2016, p. 24).

Primeiramente, por ser um aplicativo bastante conhecido e por se pensar que seria apenas temporário, o uso do WhatsApp para envio das atividades pelos professores aos alunos e o retorno das atividades feitas pelos alunos aos professores foi escolhido para atender essa necessidade. 

Ouvi relatos de mães em conversas aleatórias durante as aulas de pilates que ministro em uma clínica em um bairro de classe média alta, ao qual esse sistema era muito bagunçado, muitas mensagens sem necessidades, que poluíam o grupo e as professoras tiveram que optar por grupos menores, por turmas e não por anos / séries. Mesmo assim o alto fluxo de mensagens impedia alguns pais de acompanharem as mensagens e tarefas a serem realizadas, o que causava constrangimento e desconforto em alguns pais. 

Os professores perceberam a necessidade de mudar o sistema, a forma de envio dos conteúdos e das atividades, então entraram em cena os programas de, meet e zoom, ao qual permite realizar vídeo aulas em tempo real. Mas a realidade financeira de algumas famílias não possibilita o acesso a uma internet de qualidade, o que impede a participação de alguns alunos nas aulas neste formato de ensino. E existe a opção de imprimir as tarefas, realizá-las e enviar para seus respectivos professores. 

O Classroom, outra ferramenta muito útil também está sendo usada para os professores enviarem conteúdos e atividades e os alunos retornam as atividades com fotografias das tarefas ou alguns professores disponibilizam um arquivo editável ao qual o aluno não tem necessidade de imprimir, apenas editar e salvar o arquivo dentro da pasta específica da matéria / disciplina.

Alguns professores se queixam da demanda de trabalho que o ensino híbrido exige e os alunos não reconhecem o trabalho e não acompanham e não retornam as atividades. 

Por outro lado, alguns pais reclamam que necessitam auxiliar os filhos nas tarefas e criticam professores que enviam tarefas simples e curtas e professores que enviam tarefas complexas. Percebe-se descontentamento em ambos os lados, mas o empenho de perpetuar o ensino também é visível.

A educação possui uma importância gigantesca e isso é indiscutível. Então, pais, professores e alunos tentam seguir em frente nesse modo de ensino que se apropria das abordagens  desenvolvimentista e construtivista

A Educação  Desenvolvimentista  considera que a escola tem o compromisso de gerar um ambiente  sintonizado  com  as  necessidades  da criança  estipuladas  a  partir  do  reconhecimento  do processo   de   desenvolvimento   pelo   qual   ela passa.  Esse  processo  é  observado  como  continuo  e ilimitado,   tangendo   ao   educador   transpassar   os padrões  desenvolvimentistas  em  atividades  que o   desenvolvam.  (MANOEL, 2008)

Baseado nesse sentido, os professores procuram elaborar aulas que possibilitem os alunos a realizarem a partir de casa.

Gaspari (2002 apud São Paulo 1996), destacam que a proposta construtivista possui no jogo o principal meio de ensinar, um recurso pedagógico, pois a medida que joga a criança aprende. Pensando nesse apontamento, os professores elaboram aulas mais dinâmicas para atrair a atenção dos alunos, principalmente nas aulas de Educação Física ao qual necessita de espaço e materiais específicos.

Sentimos saudades da rotina e da forma como eram as aulas presenciais, mas acredito que o Ensino Híbrido vai deixar seu rastro no ensino tradicional quando for possível voltar as aulas presenciais pois poder acessar informações e explicações na hora que o aluno quiser estudar no contra turno é maravilhoso. 

Nem tudo é de todo ruim, tudo tem seu lado positivo e negativo e a evolução da humanidade é desencadeada também nesse sentido. Então, se pudermos levar adiante só os aspectos positivos dessa revolução na educação, e somar aos pontos positivos do método tradicional de ensino, todos sairão ganhando, inclusive mais conhecimento e qualidade de ensino e aprendizagem e a humanidade continuará subindo os degraus da evolução, tanto da educação quanto da medicina. Pois a vacina ao combate do Covid-19 só foi possível após vários estudos, o que comprova que a educação, a dedicação ao estudo de qualidade sempre ditará o progresso da humanidade. 

Enquanto algumas escolas aqui da cidade de Caxias do Sul não tem condições de receber os alunos para aulas presenciais, muitas diretoras optaram pelo ensino remoto, onde os conteúdos são passados para os alunos de forma virtual, pelo aplicativo Classroom, onde os professores disponibilizam textos, imagens, vídeos produzidos por eles mesmos para transmitir o conteúdo desejado e links de vídeos disponíveis no Youtube que complementam e ajudam o aluno a compreender melhor o que está sendo repassado.

Essa didática está sendo utilizada nas duas escolas estaduais que estou inserida nesse semestre: o Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer onde estou ligada pelo Estágio em Educação Física II, com a turma do quarto ano B do ensino fundamental e também no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, ao qual estou ligada pelo Programa Residência Pedagógica, com as turmas do professor Antony Velho Hoffmann no ensino médio, abrangendo as turmas: 1102, 1103, 1104, 1201, 1202, 1203, 1204, 1301 e 1302.

É uma pena que os alunos retornem muito pouco as atividades que são disponibilizadas e não aproveitam essa oportunidade de ensino que está sendo vivenciada, pois caso haja dúvidas, os professores estão disponíveis para saná-las a todo momento. Inclusive, algumas disciplinas acontecem aulas síncronas, com vídeo aulas onde os alunos podem se conectar uns aos outros e aos professores, ficando mais próximos da realidade escolar. 

E acredito que essa metodologia será adotada quando a pandemia terminar, pois os conteúdos disponibilizados na internet contribuem e auxiliam os professores e alunos para compreenderem melhor os conteúdos trabalhados em aula.

 


Referências:

BACICH, Lilian. Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso Editora, 2015.

CASTRO, Eder Alonso et al. ENSINO HÍBRIDO: DESAFIO DA CONTEMPORANEIDADE? Periódico Científico Projeção e Docência, [s. l], v. 6, n. 2, p. 47-58, 2015. Disponível em: http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao3/article/view/563/505. Acesso em: 10 abr. 2021. 

GASPARI, Telma Cristiane. A Dança Aplicada às Tendências da Educação Física Escolar. Motriz, São Paulo, v. 8, n. 3, p. 123-129, set. 2002. Trimestral. Disponível em: http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/08n3/Gaspari.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. 

MANOEL, Edison de Jesus. A ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – 20 ANOS: uma visão pessoal. Revista da Educação Física/Uem, [S.L.], v. 19, n. 4, p. 473-488, 30 dez. 2008. Universidade Estadual de Maringa. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v19i4.6039. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/6039/3779. Acesso em: 10 abr. 2021. 

SCHIEHL, Edson Pedro; GASPARINI, Isabela. Contribuições do Google Sala de Aula para o Ensino Híbrido. Renote-Revista Novas Tecnologias na Educação, Joinville, v. 14, n. 2, p. 1-10, dez. 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/70684-293035-1-PB%20(1).pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. 

SCHIEHL, Edson Pedro; GASPARINI, Isabela. Modelos de Ensino Híbrido: um mapeamento sistemático da literatura. In: XXVIII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO - SBIE (BRAZILIAN SYMPOSIUM ON COMPUTERS IN EDUCATION), 2017, Joinvile. Anais do XXVIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2017). Joinvile: Brazilian Computer Society (Sociedade Brasileira de Computação - Sbc), 2017. v. 6, p. 1-10. Disponível em: https://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/7529/5325. Acesso em: 21 abr. 2021.  

SANTOS, Edméa O.; CARVALHO, Felipe S.; PIMENTEL, Mariano. Mediação docente online para colaboração: notas de uma pesquisa-formação na cibercultura. ETD - Educação Temática Digital, v. 18, n. 1, p. 23-42, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/index . Acesso em: 25 abr. 2021. 

SCHIEHL, Edson Pedro; GASPARINI, Isabela. Contribuições do Google Sala de Aula para o Ensino Híbrido. Renote, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 100-103, 17 jan. 2017. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. http://dx.doi.org/10.22456/1679-1916.70684. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/70684/40120. Acesso em: 21 abr. 2021.

SOUZA, Katia Reis de; SANTOS, Gideon Borges dos; RODRIGUES, Andréa Maria dos Santos; FELIX, Eliana Guimarães; GOMES, Luciana; ROCHA, Guilhermina Luiza da; CONCEIÇÃO, Rosilene do Carmo Macedo; ROCHA, Fábio Silva da; PEIXOTO, Rosaldo Bezerra. Trabalho remoto, saúde docente e greve virtual em cenário de pandemia. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 19, p. 1-14, jan. 2021. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00309. Disponível em: http://www.sinpromacae.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Trabalho-remoto-saude-docente-e-greve-virtual-em-cenario-de-pandemia.pdf. Acesso em: 25 abr. 2021.


sábado, 24 de abril de 2021

PLANOS DE AULA

 

Seguem abaixo três planos de aula para inspirar professores e estagiários: 

Plano de Aula Nº: 03

Data:

Link: https://youtu.be/YwRElsNScsE

Objetivo: coordenação

Conteúdo: ginástica

Metodologia:

 1. Lançar a bolinha para o alto com as duas mãos e recuperá-la com ambas. Jogar novamente e recuperar com a mão direita, com a mão esquerda e, alternadamente, jogar com a direita e recuperar com a esquerda e vice-versa.

2. Repetir os lançamentos, incluindo os membros inferiores. De pernas afastadas, realizar o movimento de transferência de peso do corpo de uma perna para a outra. Neste movimento, realizar os mesmos lançamentos na postura estática.

3. Lançar a bolinha para o alto com as duas mãos e bater uma palma. Após o domínio deste lançamento, aumentar para duas palmas, três, quatro até o máximo de palmas que conseguir. Assim que os alunos dominarem esta sequência, solicite uma variação deste desafio: realizar os lançamentos com as palmas, marchando, primeiramente no lugar e, depois, com deslocamentos para frente e para trás.

4. Realizar movimentos circulares com os braços, iniciando com a bolinha na mão direita. Executar uma abdução dos ombros, levando os braços para o alto da cabeça. Pegar a bolinha com a mão esquerda e levá-la para baixo, entregando para a mão direita. Após 3 a 4 movimentos circulares, a troca da bolinha embaixo deverá ser nas costas, permitindo abertura de peitorais.

5. Ainda trabalhando mobilidade e alongamento de cadeia posterior, realizar uma flexão de tronco. Com as pernas afastadas, desenhar o número 8 dentro e fora das pernas, trocando a bolinha de mão sempre que estiver entre as pernas. Ao final de 4 a 6 repetições, descer o tronco na máxima amplitude, tentando tocar a bolinha, que estará segura por ambas as mãos, no chão.

6. Para finalizar, realizar elevação de joelhos alternada, lançando a bolinha por baixo da perna que está elevada e pegando com a mão oposta. O desafio será lançar a bolinha cada vez mais alto.

Tempo: 5 minutos

Recursos Uma bolinha de tênis, de meia ou similar.

Avaliação Será avaliada a compreensão e execução das atividades propostas.

 

Plano de Aula Nº: 06

Data:

Link: https://youtu.be/dxGAHzfctXg

Objetivo: coordenação e criatividade

Conteúdo: Momento musical

Metodologia:

Escolha uma sequência de pelo menos cinco músicas e tente não parar de dançar enquanto elas tocam. Esta é uma forma bem divertida de se movimentar e ainda relaxar, escutando as músicas de que você mais gosta. Também vale cantar, se você quiser. E se tiver companhia, melhor ainda!

Tempo: 5 a 10 minutos

Recursos: música

Avaliação: Será avaliada a compreensão e execução das atividades propostas.

 

Plano de Aula Nº: 08

Data:

Link: https://youtu.be/b3j3i8N9w7E

Objetivo: movimento e criatividade

Conteúdo: brincadeira

Metodologia:

 Deitar no chão e colocar um calçado sob um dos pés no alto e girar o corpo sem derrubar.

Tempo: até conseguir

Recursos: tênis ou tapetinho

Avaliação Será avaliada a compreensão e execução das atividades propostas.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Relatório Residência Pedagógica Módulo I

PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA UCS VISÃO DE UMA ACADÊMICA RESIDENTE 


TÍTULO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA RESIDÊNCIA

PEDAGÓGICA UCS 

Resumo: 

Minha participação no Programa Residência Pedagógica UCS(PRPU)está sendo de grande aprendizado, pois cada reunião, cada leitura, cada planejamento, sempre em cada momento, acrescento algo de bom na minha vida tanto acadêmica quanto profissional. Durante a primeira fase do PRPU, realizamos um estudo e um trabalho sobre a BNCC, sugerimos atividades conforme cada especificação da BNCC, realizamos encontros, reuniões e aulas virtuais devido ao distanciamento social que a pandemia de Covid-19 causou. Essa oportunidade que o PRPU está proporcionando aos residentes é de extrema importância, pois insere o acadêmico no meio em que irá trabalhar e proporciona a vivência, a prática para que quando esse profissional seja encaminhado para a sala de aula, esteja preparado bem como teoricamente e praticamente falando. 

Palavras-chave

RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA - UCS; PLANEJAMENTO; APRENDIZADO 

Introdução


Devido ao fato de eu ser bacharel em Educação Física e não possuir experiência no âmbito escolar, mas estar cursando Licenciatura em Educação Física, decidi participar do Programa Residência Pedagógica (PRP) para me inserir nesse ambiente e aprender um pouco mais sobre as rotinas e sobre os planejamentos e aplicação de aulas. Conhecer sobre o cotidiano das escolas, professores e alunos, se faz necessário ao longo de um curso de licenciatura para contribuir para uma formação acadêmica de qualidade. Mas tudo isto foi um pouco diferente neste período. 

Em função da pandemia de Covid-19, que exigiu o distanciamento social, as aulas não foram presenciais o que impediu a vivência do dia a dia na escola. Da mesma forma, as atividades da Residência Pedagógica também tiveram que acontecer de forma remota. O fato de participarmos de reuniões, fazer apontamentos, planejamentos, discutirmos sobre algo de extrema importância, no caso as aulas para os estudantes da escola ao qual estamos ligados pela PRPU,isso já nos abre a visão do que nos espera quando nos formarmos em licenciatura ejá nos coloca um passo à frente, pois teremos algumas vivências que nos fortalecerão para atuarmos como professores eficientes. 

Contudo, foi desta forma que realizamos neste primeiro módulo um importante estudo sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o qual nos possibilitou conhecer o que está sendo proposto aos estudantes dos ensinos fundamental e médio, além de organizarmos de maneira orientada uma proposta prática com a possibilidade de aplicá-la e ter a experiência desta nova maneira dedar aula através do ensino remoto. 

Desenvolvimento 

A pandemia Covid-19 transformou o mundo e junto com essa transformação a educação não ficou de fora, essa fase nos ensinou como a educação pode ser feita de diversas maneiras, vindo de encontro a BNCC ao qual sugere diversidade de conteúdos. 

“A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em  benefício da qualidade da vida “(BETTI; ZULIANI, 2002) 

Na verdade, o planejamento das aulas não foi totalmente modificado, já que o planejamento continua focado no plano de estudo da escola, baseado nas recomendações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mas a metodologia e a aplicação de forma síncrona ou remota, fez com que os professores reinventarem o seu modo de dar aula. Passamos a elaborar vídeos para repassar as aulas aos alunos, que pelo que percebi evolui muitos dos primeiros para os últimos, a experiência de vivenciar essa fase na educação também contribuiu para a postura profissional dos professores. 

Diante deste fato, cito Faria e Diniz-Pereira (2019), que relatam a importância da residência pedagógica e até comparam com a residência médica, enfatizando a necessidade de se realizar tal programa, pois qualifica o futuro profissional para atender as necessidades dos alunos, sob o respaldo de professores que vivem se atualizando e contribuem para a formação acadêmica de qualidade.

Esta nova forma de fazer a educação foi experiência da na universidade como aluna e deu sequência na Residência Pedagógica no qual o trabalho foi totalmente remoto. Começou com uma reunião virtual, onde cada aluno se apresentou e conhecemos os professores engajados nesse programa. Conhecemos também o projeto e qual seria nossa missão diante dele. 

Assim, iniciamos um estudo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),onde, divididos em grupos, pudemos especificar esse estudo, e meu grupo ficou responsável pela parte da BNCC destinada aos estudantes do ensino médio. Também nos dividimos em pequenos grupos para explorar melhor a BNCC e trabalhar com pequenas metas para depois reuni-las em um belo trabalho de equipe. Após leitura e compreensão das competências específicas da BNCC, cada aluno residente do programa teve que sugerir atividades que contemplassem as competências específicas. Na sequência, construímos um quadro com algumas dessas atividades e também junto a essa situação, foi criado um blog ao qual tivemos a oportunidade de aprender sobre os bastidores dessa ferramenta para posteriormente nos utilizarmos dela para ampliar e divulgar nossos aprendizados. Ao longo deste período, foram feitas algumas reuniões onde se discutiu o andamento das atividades propostas, desde a leitura da BNCC até as sugestões de atividades, sempre acompanhadas e amparadas pela professora preceptora nos auxiliando, orientando e sanando as dúvidas. 

A professora ao qual meu grupo tinha como preceptora, foi sempre muito prestativa e mesmo com todas as suas atribuições e vida particular, nunca se negou a nos responder mesmo sendo final de semana ou feriado. Tais reuniões eram feitas com o grande grupo da residência pedagógica eoutras reuniões eram feitas apenas com o nosso grupo do I.E.E. Cristóvão de Mendoza, ao qual ficou responsável pela parte da BNCC do ensino médio. Para os encontros do grupo sempre era feita uma pesquisa para ver qual o melhor horário para que todos os residentes pudessem participar. Mas devido ao fato de a maioria trabalhar e estudar, houveram reuniões em que alguns residentes não puderam participar, mas ficavam a par dos assuntos discutidos por meio da ata que era repassada após o fim das reuniões. 

Sempre houve um cuidado por parte dos professores para que todos os alunos tirassem o máximo de proveito dessa oportunidade que o projeto proporciona e desse ponto de vista os professores se empenharam muito e se algum acadêmico residente tiver alguma queixa, é porque não sabe dar valor quando tem por perto professores que incentivam e fornecem o material necessário para o seu crescimento profissional. 

Todo trabalho realizado e a importância deste programa ficam evidenciados em Silva e Cruz (2018) que defendem e destacam a importância de um programa de residência pedagógica ao qual prepara o professor a enfrentar os problemas reais da educação e sob um olhar diferente de um professor de estágio, o professo rpreceptor permite que o acadêmico vista a camisa literalmente e se sinta professor desde o momento de planejar aulas seguindo as orientações da BNCC e até o momento de aplicar e avaliar tanto alunos como o processo realizado. 

Em relação à BNCC, Neira e Júnior (2016) destacam a importância da BNCC,suas perspectivas e o que os professores podem atingir utilizando esse instrumento como base para elaboração de planos de aula. Planos de aula que podem promover aulas bastante produtivas, com muita aprendizagem e vivências importantes na vida escolar. 

Os primeiros passos para implantar aulas que se baseiam pela BNCC não serão tão fáceis, mas com dedicação, leitura e pesquisa será de grande aproveitamento tanto para professores quanto para estudantes. Pois diminuirá as diferenças de níveis escolares básicos, garantindo aos alunos com menor poder aquisitivo vivenciar experiências jamais imaginadas e não apenas viver o mundo da bola, pois a Educação Física é muito ampla e possibilita um leque grande de opções de trabalho, tanto escolar, quanto profissional.

Martineli, Magalhães, Mileski e Almeida (2016) destacam que as orientações referente à Educação Física na BNCC vem de encontro com as necessidades atuais dos alunos, visando uma igualdade de valores e princípios para o crescimento de cidadãos com diversas aptidões. 


Conclusão 


Por ser o primeiro módulo da PRPU, ainda tem alguns itens que deverão ser melhorados para que o programa fique perfeito, mas se tratando de várias pessoas com diferentes estilos de vida, até que não dá pra reclamar do trabalho que foi feito,mas senti que o meu grupo estava meio disperso em alguns momentos. Talvez deveríamos ter feito mais reuniões com o pequeno grupo para alinhar situações que não estariam sendo bem destrinchadas. 

Essa primeira parte da residência pedagógica foi muito boa, nos proporcionou maturidade para aprender a administrar nosso tempo e entregar as atividades solicitadas, percebi a preocupação com o aprendizado dos alunos com a leitura da BNCC, ao qual demonstra ser útil se seguidos os passos e orientações sugeridos.Também se mostra bem diversificada, pelo menos no que se diz respeito à Educação Física o que possibilita uma diversidade de assuntos a serem abordados em aula, ao qual não fica uma mesmice e os alunos aprendem para a vida e não apenas voltado ao esporte ao qual sabemos que nem todos os alunos possuem aptidão para vivenciá-los e os possibilita novas experiências. 

Estou ansiosa para a próxima etapa do PRPU, pois como aprendizado voltado para a licenciatura, consigo melhorar como pessoa e como profissional ao qual alguns aprendizados consigo transferir para o meu trabalho de professora de pilates, de treino funcional e dança. 

E penso que aprender nunca é demais, até mesmo os professores que estão conosco nesse programa, ele precisam se manter atualizados, em constante crescimento e isso nos mostra na prática que mesmo depois de graduados, não podemos deixar os estudos de lado, pois é essa busca pelo saber que irá nos destacar e nos tornar profissionais competentes para exercer o cargo de maior importância na vidas dos alunos: o cargo de Professor.

Referências:

BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:UMA PROPOSTA DE DIRETRIZES PEDAGÓGICAS. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, p. 73-81, jan. 2002. Mensal.Disponível em: https://cienciadotreinamento.com.br/wp-ontent/uploads/2020/06/EDUCA%C3%87%C3%83O-F%C3%8DSICA ESCOLAR-UMA-PROPOSTA-DE-DIRETRIZES PEDAG%C3%93 GICAS.pdf. Acesso em: 11 mar. 2021. FARIA, Juliana Batista; DINIZ-PEREIRA, Júlio Emílio. Residência Pedagógica: afinal, o que é isso?. Revista de Educação Pública, [S.L.], v.28, n. 68, p. 333-356, 20 maio 2019. Revista de EducacaoPublica.http://dx.doi.org/10.29286/rep.v28i68.8393. Disponível em:https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/8393. Acesso em: 11 mar. 2021. 

MARTINELI, Telma Adriana Pacifico; MAGALHÃES, Carlos Henrique; MILESKI, Keros Gustavo; ALMEIDA, Eliane Maria de. A Educação Física na BNCC: concepções e fundamentos políticosepedagógicos. Motrivivência, [S.L.], v. 28, n. 48, p. 76-95, 21set. 2016.Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p76. Disponível em:https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175- 8042.2016v28n48p76. Acesso em: 11 mar. 2021. 

NEIRA, Marcos Garcia; SOUZA JÚNIOR, Marcílio. A EducaçãoFísicanaBNCC: procedimentos, concepções e efeitos. Motrivivência, [S.L.], v. 28,

n. 48, p. 188-206, 21 set. 2016. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p188. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2016v28n48p188. Acesso em: 11 mar. 2021.

     SILVA, Katia Augusta Curado Pinheiro da; CRUZ, Shirleide Pereira. Aresidência pedagógica na formação de professores: história, hegemonia eresistências. Momento - Diálogos em Educação, [S.L.], v. 27, n. 2, p.227-247, 17 ago. 2018. Lepidus Tecnologia. http://dx.doi.org/10.14295/momento.v27i2.8062. Disponível em:https://www.seer.furg.br/momento/article/view/8062. Acesso em: 11mar.2021.


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